Atividades durante a Semana do Trânsito 2011.
Relatos do Desafio Intermodal, ver aqui e fotos aqui.
Bicicletas são os veículos mais eficientes nas cidades, reportagem carbono Brasil, ver aqui.
Pedalando para o futuro, reportagem do Cotidiano/UFSC, ver aqui.
Dia Mundial sem Carro, ver aqui.
Passeio Ciclístico, convite aqui e fotos aqui.
Blitz educativa em são José/SC, fotos aqui.
Bicicletas são os veículos mais eficientes nas cidades
Reportagens CarbonoBrasil
20/09/2011 – Autor: Jéssica Lipinski – Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Bicicletas são os veículos mais eficientes nas cidades
Desafio Intermodal compara diversos aspectos dos meios de transporte nas principais cidades brasileiras para conscientizar a sociedade sobre a situação do trânsito e estimular formas de locomoção mais sustentáveis.
Algumas fotos, aqui.
Muitas vezes, ao optarmos por nos deslocar de carro, justificamos nossa preferência pelo automóvel devido ao maior conforto, rapidez e segurança que esse veículo oferece em relação aos outros meios de transporte. Mas será que podemos mesmo dizer que o carro é superior às outras formas de locomoção nesses quesitos? Esse e outros pontos foram questionados pela última edição do Desafio Intermodal, que acontece em setembro e marca a Semana da Mobilidade em várias cidades do país.
O Desafio é uma espécie de prova na qual os participantes optam por um meio de transporte – ou modal – e percorrem um determinado trajeto nesta forma de locomoção. No percurso, são analisadas questões como o tempo de deslocamento, a velocidade média de cada modal, o custo para ir de um ponto ao outro, a emissão de poluentes, a segurança, o conforto e a praticidade de cada meio.
Desta forma, o evento tem como objetivo conscientizar a população para a condição do trânsito em algumas das principais cidades brasileiras, além de estimular meios de transporte mais sustentáveis. O desafio não tem cunho científico, mas serve para mostrar as diferentes situações enfrentadas pelos diferentes modais no trânsito, como ônibus, pedestres, corredores, bicicletas, motocicletas, automóveis e cadeirantes.
Daniel de Araujo Costa, presidente da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis (Viaciclo), ressalta que o Desafio Intermodal não é uma competição, mas um comparativo entre os diferentes meios de transporte, e que serve para mostrar que é possível usar outras formas que não o carro para se locomover. “Queremos mostrar que usar a bicicleta, o ônibus ou ser pedestre pode ter vantagens em relação a quem usa carro”.
Em 2011, o desafio está sendo realizado no mês de setembro em diversas cidades do país como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Florianópolis, Recife, Brasília, Aracaju, Salvador, Maceió, Porto Alegre, Belém, Natal, Balneário Camboriú, São José dos Campos, Maringá e Uberlândia. Em São Paulo e Belo Horizonte, o Desafio Intermodal está marcado para esta terça-feira (20).
No Rio de Janeiro (RJ), onde o evento já está em sua sexta edição, a desafio ocorreu no dia 1º de setembro, e o modal estreante carona programada chegou em primeiro lugar, seguido pela integração metrô + bicicleta e pela moto. Na hora da avaliação dos outros dados como poluição e custo, porém, a bicicleta saltou para o topo da lista, mesmo sem terem sido considerados a ocupação do espaço urbano e a emissão de ruídos.
Em Florianópolis (SC), o evento ocorre desde 2007, e neste ano aconteceu na última quinta-feira (15) às 18h. O modal ‘ganhador’ foi a moto, seguida pela bicicleta, que manteve uma velocidade média maior que a primeira colocada por ter que fazer um trajeto maior. A surpresa ficou por conta do ônibus, que teve tempos de percurso bem elevados, chegando a levar mais tempo que um dos caminhantes.
Em Manaus (AM), onde desafio também ocorreu dia 15, a bicicleta foi o meio de transporte mais rápido para chegar ao destino final, levando entre 11 e 15 minutos para percorrer 4,2 quilômetros, a uma média de 20 km/h, seguida da moto e do carro. O ônibus também teve o pior desempenho na cidade, tanto em velocidade quanto em preço: uma média de 4,7 km/h e R$ 2,25 por passagem.
Em Balneário Camboriú (SC), o evento aconteceu também no dia 15, e apesar da ‘magrela’ ter ficado em terceiro lugar no quesito tempo, atrás da moto e do carro, a análise dos outros aspectos levou a bicicleta ao primeiro lugar como modal mais eficiente, seguida do pedestre e do ônibus. Embora os outros veículos tenham variado muito suas performances de cidade para cidade, a ‘bike’ se manteve entre os mais eficientes em quase todos os desafios.
Segundo Costa, os resultados do Desafio Intermodal indicam que a bicicleta é mais eficiente principalmente do que o carro, e que embora o número de ciclistas esteja aumentando, infelizmente a eficiência desse meio ainda não se reflete plenamente na escolha da população na hora de sair de casa. “É preciso um sacrifício individual para que a coletividade seja beneficiada”, declara.
O presidente da Viaciclo explica que não é necessariamente a falta de espaço para criar vias para as bicicletas que impede o desenvolvimento de uma “cultura ciclística”. Para ele, por exemplo, Florianópolis é uma cidade extremamente “ciclável”, e o que falta é educação no trânsito para que as pessoas respeitem quem utiliza esse meio de transporte. Mas ele admite que a quantidade de ciclovias e ciclofaixas ainda é insuficiente.
Em relação ao transporte coletivo, Costa acredita que os resultados do desempenho dos ônibus refletem o transporte público das cidades. Em Florianópolis, por exemplo, ele comenta que faltam corredores exclusivos para os ônibus, e que deveriam existir linhas únicas em certos trechos da cidade, a fim de diminuir os engarrafamentos.
“A situação de mobilidade urbana é deplorável, com um transporte coletivo caro, com poucos horários, falta de ciclovias e ciclofaixas, passeios inexistentes e total desintegração entre os modais de transporte”, afirma. Para se ter uma ideia, alguns estudos consideram a capital de Santa Catarina a cidade com a pior mobilidade urbana do Brasil.
Por isso, Costa acredita que o jeito é investir no transporte público e na integração dos meios de locomoção, para que as pessoas passem a optar por estas formas em vez de utilizar cada vez mais o carro. “Temos que pensar sobre o que estamos fazendo na cidade”, reflete.
Meu comentário:
O “compartilhamento” das ruas é grande parte na solução dos problemas de Mobilidade Urbana, o respeito as regras de circulação e aos mais frágeis no trânsito, sejam eles pedestres ou ciclistas, refletirá em mais segurança estimulando mais pessoas a utilizar o único veículo atualmente sustentável, a Bicicleta, consequentemente reduzindo o número de carros nas ruas e os congestionamentos. Em Florianópolis mais de 80% dos carros transitam com apenas uma pessoa e quase todos apenas transportando uma pasta, bolsa ou um caderno, assim sendo muitas destas viagens podem ser substituídas pelo transporte coletivo, uma caminhada ou a Bicicleta. Floripa nâo tem falta de espaço, tem sim o absurdo excesso de carros nas ruas e duplicando vias, elevados ou pontes estaremos duplicando o número de carros e para suprir esses espaços, mais aterros, mais desapropriações e menos áreas verdes teremos. A Bicicleta é sim uma boa parte da solução na questão da Mobilidade Urbana, além da economia, da saúde que propicia, não polui e humaniza as ruas. Com o aumento de Bicicletas nas ruas, a evolução para um trânsito mais seguro é inevitável.
E vamos pedalando …..
Desafio Intermodal 2011
Quinta feira dia 15 de setembro, dia marcado para o DI 2011. Neste ano minha participação seria como “recepcionista”, ficaria na chegada (Largo da Alfândega) marcando o tempo de cada modal participante.
(Desafio Intermodal 2011)
Dia de trabalho realizando algumas vistorias na Ilha de SC, carregando papéis/documentos e mapas estava de carro. Terminando os compromissos do dia, no retorno encontro, a Av. Beira Mar Norte toda congestionada, parada. Olho para o relógio e percebo que a hora avança e eu parado, depois de 45min para percorrer 3 km chego ao estacionamento, saio correndo (a pé) deixo os documentos no trabalho pego os materiais e vou para o ponto de chegada. Antes disto fiquei por longos minutos pensando que não conseguiria chegar, olhava ao meu redor e só enxergava carros parados com apenas um passageiro, muitos resmungando, muitos buzinando para outros, muitos xingando …. o estresse e gases tóxicos inundavam as gotas de chuva que caiam em Floripa. Pensei, que ironia, eu como “coordenador e cronometrista” da chegada, não chegaria. Imaginava meu relato; não cheguei a tempo pois fiquei preso no congestionamento. Lembrando que o congestionamento não é um problema, é apenas uma relação causa e efeito ou seja, é como que dizer, você não está em um congestionamento, você é um congestionamento = reflexos da priorização do transporte individual motorizado.
UFA ! Cheguei 20 minutos antes do horário previsto para a largada, com chuva fina persistente coloco minha capa de chuva, ligo para o Fabiano e acertamos os ultimos detalhes.
Pelo celular aviso ao Fabiano -LARGA, e começa o Desafio Intermodal 2011.
Relato do DI 2011 no Bicicleta na Rua, leia aqui e os tempos, aqui.
Teaser do DI 2011 por Vinicius, veja aqui.
Minhas poucas fotos, aqui.
“Quando fui convidado pra fazer o percurso, de carro, fiquei bastante chateado, pois no ano passado, por estar de braço quebrado, não tive como escapar da incômoda tarefa de levar a jornalista e a minha bicicleta, dentro da latinha com rodas. Cheguei na UFSC, um pouco antes do horário, depois de levar uma hora, pra ir do Campeche até ali, em virtude das obras de implicação da SC 406, que faz duplicar o tempo que eu levo de bicicleta. O Fabiano me avisou que eu iria, a pé, pelo Suli. Fiquei feliz, pois passaria, de novo, por um trecho que muitas vezes passei com passeatas e protestos, podendo observar as mudanças da urbanização do Saco dos Limões, nos últimos tempos. A chuvinha miúda, recém chegada, foi a companheira dos primeiros passos, seguindo junto com os carros, que passavam, lentamente, permitindo que eu interagisse com os passageiros e motoristas, sem que ninguém tivesse me oferecido carona, ou mesmo um questionamento, pelo fato de eu ir caminhando. O trânsito só transitou depois do morro da Carvoeira, quando perdia os carros de vista. O que pude ver é que a maioria deles levava apenas um ser humano, tornando a relação custo/benefício bastante desfavorável a eles. Diferença esta, manifesta nas protuberâncias glúteas e abdominais, que, flácidas, circulam preguiçosas, acumulando cólicas, asmas e colesterol. Por isso, preferi seguir pensando em coisas mais agradáveis. Lembrava do tempo que havia um pequeno córrego, trazendo água cristalina do alto do Morro da Cruz, rumo ao mangue do Itacorubi, que seguia à estrada até os domínios da Universidade. Isso lá pelos anos que se comprava leite em garrafa de vidro e o padeiro passava de galiota, puxado por um pangaré ensinado. A chegada da moradia vertical, na descida da Carvoeira, diminuiu a área de visibilidade do Saco dos Limões, e o aterro levou o berbigão para mais longe um pouquinho. Não sei se ainda se pode catar berbigão, porque muito cagalhão ainda desce pelos valões, contribuindo para a propagação de microorganismos aquáticos, que alteram sensivelmente a rotina dos diversos comensais que se apropriam daquele ambiente. Chegando no José Mendes, vi que não há mais fábrica de refrigerantes, e a loja de automóveis virou templo ecumênico. Na curva do Penhasco, pude agradecer a Nossa Senhora da Liberdade, pela oportunidade de estar curtindo uma paisagem de cartão postal. Faltava muito pouco pra terminar minha jornada, num final de tarde feito sob medida, pra saber com quantos passos se faz uma jornada. Depois de atravessar a cracolândia, que estava esvaziada, ganhei a passarela e a parte mais sombria do trecho. Logo quando estava na entrada da Cidade, percebi o quanto aquele local é abandonado. Alguns mendigos, um butequinho e uma escuridão de cemitério compõem a paisagem mórbida do meu momento de chegada. Só aí eu pude perceber porque a maioria das pessoas não faz este trajeto, da forma lúdica e saudável que eu estava fazendo, mais uma vez. Apesar de todo meu prazer de ter feito aquele passeio, as condições das calçadas, o desconforto das perseguições dos carros, que na ânsia de levar seus motoristas para casa, atropelam o pedestre, este ser tão estranho que insiste em ser humano. Quando cheguei, fui informado que o secretário ainda não havia chegado, pelo seu sistema de transporte desintegrado. Eu levei menos de uma hora, e apenas quinze minutos a mais que o auto(i)móvel. Com certeza, o estresse que o motora teve, durante seus momentos de estacionalidade, foi muito maior que o meu prazer, de ter curtido uma caminhada animada. O problema é que o dele vai para a coluna do custo, enquanto o meu consta como benefício. Portanto, muito mais saudável e sustentável. Valeu, galera, pelo encontro festivo com todos nós. O Fabiano, o Daniel Biólogo Presidente da Viaciclo, a gurizada animada, o Audálio, que quando chegou saía fumaça por todos os poros, a chuva, os buracos da calçada, a fumaça de olhodiesel dos ônibus lotados, e todos os que eu encontrei, que tornaram possível este instante de prazer e curtição.”
Huli Huli
Pereira
Huli Huli,
Seus relatos são sempre a melhor parte,
“eu si divirtu” lendo, ao mesmo tempo que fico chateado pela forma como nossa sociedade caminha, aliás não caminha!!!
Fico muito contente de poder participar destes eventos onde pessoas do bem, querem apenas fazer o bem, bem feito !!!
Muito Obrigado a todos vocês,
são vocês que não me deixam perder a esperança nesse tal do Bicho Homem.
DanielBiólogo de A. Costa
Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis http://www.viaciclo.org.br
Cara,Pena que não sei escrever tão bem como vocês, mas realmente o prazer de ir correndo e interagir com a natureza(poluição) é muito gratificante, ver que não é preciso estar preso as máquinas do progresso, que você pode ser mais rapido e ainda tirar todo o stress de uma semana de trabalho, é muito bom…Todos os dias eu e meu colega e as vezes quando acordamos cedo e conseguimos pegar uma carona com o Audalio, viemos os três dos ingleses até o itacorubi, ainda não tivemos coragem de fazer a volta, mas já é um começo, e com certeza uma valvula de escape para toda a pressão e correria do dia a dia, que infelizmente a nossa sociedade continua a aumentar e chamar isso de progresso.Não sei que progresso é esse que nos tira a segurança, o convivio com a familia e a saude, como vc’s disseram, por causa do progresso a sociedade tem a tendencia de ficar sedentária e sem saude, aonde vamos parar ?
Ponte Hercílio Luz …
Protegem os carros …?
Dia 30 de julho pedalando pela Ciclovia de Lazer da Av. Beira Mar Norte, pouco antes do meio dia, enquanto me dirigia ao Café dos esportes fazer um lanche no intervalo do dia de aula, passei por um grupo de trabalhadores da COMCAP que faziam a limpeza e o corte da grama dos canteiros. Tudo bem não fosse o ABSURDO que vivenciei. Durante a operação do cortador de grama é utilizada uma barreira, uma proteção para evitar que fragmentos e pequenas pedras atinjam quem passa ao lado. Eu fui atingido por uma pedrinha no capacete e logo atrás de mim um casal que pedalava também foi atingido. REPARARAM NO EXTREMO ABSURDO! A proteção era só para os carros que passavam pela via….pedestres e ciclistas eram “alvejados” sem problema ???
Motoristas, Respeitem o CTB !
Publicado do DC de 27/jul/11, clique sobre o recorte do jornal para ir ao original on-line.
Ontem (ver aqui) fui jogado para fora da rua por um MALtorista individualista, egoísta, imprudente, irresponsável e possível criminoso. Se eu não tivesse um pouco de experiência sobre minha Bicicleta, um grave sinistro de trânsito com feridos e até morte poderia ter acontecido. Por causa disto e de tantos MALtoristas, é que temos uma grande demanda reprimida de pessoas que gostariam de caminhar e utilizar a Bicicleta como transporte nas ruas das cidades e não o fazem, pelo MEDO REAL de serem “atropeladas” pelo extremo mal e mau uso dos automotores.
Cheguei em casa “BASTANTE CHATEADO” e preocupado pelo comportamento de uma grande parcela de pessoas que só pensam em seu “próprio umbigo”, acham que a rua é propriedade particular e podem fazer o que quiserem.
Certamente estes comportamentos são reflexos da IMPUNIDADE instaurada em nossa Sociedade e que transformam nosso trânsito em um dos maiores desastres sócioambientais, responsáveis por milhares de vítimas e gastos absurdos de dinheiro, simplesmente pelo enorme desrespeito ao Código de Trânsito Brasileiro.
Lembrando que podemos ser donos de um carro,
mas não somos donos das ruas.
São Infrações;
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta.
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito, ao ultrapassar ciclista.
Ao chegar em casa fiz o relato, escrevi para a Prefeitura Municipal de Florianópolis e para a mídia impressa. Está cada vez mais difícil o trânsito em nossas ruas. O excesso de carros, as absurdas velocidades “autorizadas” aos automotores de transitarem na área urbana e este profundo desrespeito as regras de circulação, como exemplos cito os Art. 201 e 220 do CTB e o estacionamento sobre passeios e em locais proibidos são responsáveis por grande parte dos congestionamentos e sinistros de trânsito, além de causar enorme risco aos pedestres que tem seus caminhos bloqueados e da mesma forma os ciclistas que tem o bordo da pista também bloqueados pelo estacionamento irregular.
Chega a ser “engraçado” (ou seria triste?) perceber que uma parcela de motoristas dos carros, reclamam de pedestres e ciclistas que andam muitas vezes mais rápido que ele nos congestionamentos, mas não reclamam daquele MALtorista que estacionou o carro na sua frente impedindo o fluxo do trânsito. A grande parte dos congestionamentos são causados pelos próprios motorizados que não respeitam um mínimo de Bom Senso e as próprias LEIS.
“Cidades com maior número de Bicicletas nas ruas, apresentam uma melhor qualidade de vida”
Rua Osni Ortiga ASSASSINA !
Sim, a Rua Osni Ortiga que margeia uma parte da Lagoa da Conceição é ASSASSINA porque meia dúzia de pessoas com poder de decisão, não tem “coragem” para enfrentar alguns MALtoristas individualistas e egoístas que acham que esta via é uma pista de corrida.
Fazem alguns minutos fui “jogado” por um carro para fora da pista e no inexistente acostamento quase fui para dentro da Lagoa. Sim, “imbecis” instalaram tachões sobre o único espaço que nós ciclistas tinhamos para transitar por esta via. Após ter “caído” no chão ao lado da pista nenhum carro parou, demonstrando mais uma vez o “pensamento” de uma “grande maioria” de pessoas que andam de carro e que pedestres e ciclistas estão no lugar errado, pois só eles com seus “motorizados poluidores” tem o direito de andar nas ruas e se acham os donos do mundo.
Por que fui ao chão?
Por sorte vinha bem devagar e quando este idiota do carro passou raspando meu guidão, puxei a Bici para o lado direito, como estava com minha Bicicleta urbana aro 20 ao passar sobre o tachão, me desequilibrei e, para não cair para o lado do asfalto, onde carros passam sempre muita acima do absurdo limite permitido de velocidade de 60 km/h, me joguei para o lado da Lagoa. Ao me levantar, antes de ficar em pé registrei minha visão. Claramente observamos os tachões e a total falta de espaço para um mínimo de segurança de pedestres e ciclistas. Há anos a Comunidade local vem reivindicando infraestrutura viária(movimentociclovianalagoaja), leia-se passeios, ciclovia e REDUTORES de VELOCIDADE e nada acontece por aqui !!!
Nestas duas fotos podemos observar a faixa branca com tachões, ocupando o único e inseguro lugar por onde poderíamos passar com nossas Bicicletas. De um lado automotores quase sempre em excesso de velocidade (o limite autorizado de 60km/h, já é incompatível com a vida) e do outro um guardrail. Este é o respeito que a administração de Floripa tem com seus moradores.
Duas fotos da ASSASSINA Rua Osni Ortiga na Lagoa da Conceição/Ilha de Santa Catarina/Florianópolis/SC.
Levantando e iniciando o pedal de retorno e uma imagem da via, onde apenas o caminho dos carros é existente, pessoas, ciclistas e outros não são bem vindos nesta cidade.
Esta é a terceira vez que sou “atingido” por um carro nesta via. Eu estava transitando com meu veículo dentro da LEI. Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores. De qualquer forma não consigo “entender”que seja necessário uma LEI, sendo que apenas o BOM SENSO e um pingo de inteligência para estes motoristas, seriam suficientes.
São infrações:
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta.
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito, ao ultrapassar ciclista.
Radares nas ruas são fundamentais
Radares nas ruas são fundamentais para a redução das velocidades permitidas aos motorizados, se quisermos um mínimo de segurança para poder transitar em nossas ruas. Quem defende sua retirada, esquece que também são pedestres na maior parte do seu tempo.
A velocidade urbana deve ser drasticamente reduzida!
Floripa tem um grave “problema” que são as SC, rodovias estaduais que com o tempo se transformaram em ruas urbanas, mas suas velocidades continuam como se fossem estradas. Ao longo destas vias temos escolas, comércio, residências, enfim a cidade e seus moradores que constantemente são colocados em risco de morte, muitos são “assassinados”, pelo mal e mau uso dos motorizados.
Cidades foram feitas para as pessoas e atualmente aproximadamente 50% delas são ocupadas em função dos carros. Não é uma questão de ser contra o carro, apesar que sobram motivos para (como um invento que contamina o ar que respiramos, pode ser algo bom?), mas temos que começar a “re-humanizar” nossas cidades. Uma pergunta com relação ao trânsito (porque não aprendemos?) que foi feita no Fórum sobre Mobilidade Urbana realizado aqui em Florianópolis, deixou claro o caos de insegurança que criamos em nossas cidades, a pergunta foi;
-Você deixaria seu filho de 10 anos andar sozinho nas ruas?
-Não, nunca !
E todos com a mesma explicação;
-O trânsito de carros nas ruas não deixa (por medo da extrema velocidade permitida aos carros, e profundo desrespeito ao Código de Trânsito por uma grande parcela de MALtoristas, que acaba gerando a violência em nosso trânsito).
Chega de IMPUNIDADE
Publicado no Diário Catarinense de 18/julho/2011.
Chega de impunidade
Revoltante, uma pequena parte da Sociedade chora. (Sim, pois a “grande maioria” acha que não é com ela ou que “comigo isso não vai acontecer”)
Mais uma vítima do trânsito assassino de Florianópolis. A Vó e a neta passeando, caminhando pela cidade são atropeladas por mais um “motorista embriagado”, na Av. Hercílio Luz.
Chega, até quando teremos que ver este tipo de violência, quantas pessoas terão que ser mortas para que definitivamente alguma “coisa” seja feita? Carro é sim uma arma, na mão de MALtoristas, individualistas, egoístas e ainda por cima bêbados.
Por favor, chega de IMPUNIDADE. O trânsito atualmente é um dos, se não, o maior desastre sócio-ambiental do Estado de Santa Catarina.
Chega de IMPUNIDADE em nome da vida.
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