Pedal Unificado de Natal

23 de janeiro com bastante chuva e muita água empoçada nas ruas, foi assim o início de minha pedalada até a loja Della Bikes, nosso ponto de encontro para o Pedal Unificado de Natal. Cheguei cedo, muito antes do horário combinado, de propósito, assim pude abastecer “meu veículo” no Café dos Esportes anexo à loja.

Hora de Santa Catarina - 24 e 25/12/09 pág. 18

Saquinhos sendo preparados.

Pouco a pouco ciclistas começavam a chegar, cada um trazendo um brinquedo e alguns também com balas. No meu caso, fiquei sabendo de última hora e comprei dois brinquedos no mercadinho perto de casa mas, no dia anterior tinha comprado balas “sete belo”, pirulitos de “iogurte” e outro de frutas. Em casa minha filhota preparou todos os sessenta saquinhos com as guloseimas para distribuir para as crianças. A hora da partida se aproximava e a chuva ainda presente mas bem fraquinha “assustou” os ciclistas de açucar (aqueles que derretem quando se molham … hehehe). Entre diversas fotos clicadas pelos repórteres de diversos jornais, os ciclistas foram se agrupando na rua para iniciar a pedalada. Com apoio da Guarda Municipal fazendo a escolta dos ciclistas, infelizmente necessária para evitar que os motoristas “estressados individualistas” possam criar algum risco aos participantes do pedal. Começamos a pedalar pelas ruas de Floripa, a grande maioria com gorros de Papai Noel amarrados sobre os capacetes e com as luzes da bicicletas piscando, realizando um verdadeiro espetáculo Natalino, com as pessoas nas ruas acenando e recebendo um Feliz Natal !

Notícias do Dia 26/12/09 pág. 11

A chegada na quadra da Consulado foi “apoteótica” hehehe, as crianças ouviram os apitos e buzinas dos ciclistas chegando e entraram correndo para se juntar as demais que ansiosamente esperavam brincando do lado de dentro. assim que estacionei minha bicicleta, retirei do alforje o saco com saquinhos de “guloseimas”e fui cercado pelas crianças, cada uma querendo o seu e outros ciclistas jogavam  balas e pirulitos, literalmente uma chuva de balas para alegria da molecada. Depois organizamos as crianças para entrega dos presentes e iniciamos a distribuição dos mesmos. A bicicleta foi doada para ser sorteada em uma rifa que irá gerar recursos para projetos sociais no bairro.

Notícias do Dia 26/12/09 pág. 11

Saímos todos com satisfação de ter contribuido com alguns minutos de alegria e retomamos a pedalada de volta, cada um para sua casa. Perguntei se tinha alguém que estaria voltando para a Lagoa …. ninguém. Voltei sozinho, mas pedalando não ficamos sozinhos por muito tempo, iniciei a subida do morro da Lagoa e assim que a subida se tornou um pouco mais forte uma leve cãimbra surgiu, resolvi não forçar e por uns 600 metros empurrei minha magrela, depois só descida mas com cuidado afinal estava com pneu “slick” e fino e o asfalto molhado e certamente com restos de óleo em sua superficie fica escorregadio, a descida precisa ser muito consciente e bem pelo meio da faixa de rolagem, assim evitamos um enorme risco, andando muito a direita, a grande maioria dos motoristas vão te ultrapassar em velocidade, pois não conhecem o CTB ou fingem não conhecer. Cheguei no centrinho da Lagoa e até pensei em dar uma parada, não parei. Assim que cheguei na Av. das Rendeiras me encontrei com uma ciclista e começamos a conversar, no início da rua Osni Ortiga dois carros cheios de “moleques” provavelmente alcoolizados ou com outras coisas na cabeça passaram em alta velocidade xingando e gesticulando pelas janelas dos carros, foram embora. Continuamos a pedalar e conversando pela rua a ciclista me disse que fazia este caminho todos os dias para ir trabalhar, morando no Campeche e trabalhando na Lagoa e assim muitas pessoas poderiam estar fazendo o mesmo mas, tem medo de pedalar em virtude dos péssimos motoristas que transitam por nossas ruas. Falei também do Movimento Ciclovia na Lagoa Já que vem lutando exatamente por aquilo que uma grande parcela da sociedade quer, a opção de escolher a bicicleta como meio de transporte na cidade e para isto precisamos de estruturas viárias, entre elas a ciclovia da Osni, e claro sua interligação com todas as outras. Floripa precisa disso !!! No trevo do canto nos despedimos e só então descobrimos nossos nomes. Só a  bicicleta  te dá a oportunidade de interagir com outros de uma maneira tão próxima? Brinquei que iria escrever no meu blog; Conheci a Vivi, e vi a Vivi pedalando na Osni !!!

Terminei meu pedal de 47km com um cachorro quente duplo e duas latinhas, depois de pedalar a maior parte do tempo na chuva e depois de ter feito a alegria da criançada cheguei em casa com a alma lavada, literalmente !!!

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Mais informações em: DC1 e DC2