“Cobra Coral” em casa.
Hoje (09/10) enquanto arrumava o pátio e limpava minha Bicicleta na garagem, no momento que fui buscar uma ferramenta, dei um passo e rapidamente um serpente Coral passa rápido, levei um susto não pela Coral e sim pelo movimento da mesma. Peguei uma vareta e a empurrei com cuidado para não ferir a Coral, para dentro de uma caixa plástica (Clique para ver a fotos). Perto aqui de casa, a algumas centenas de metros está o Parque Municipal do Maciço da Costeira (Lei Mun. 4605/95 Dec. 154/95) “A criação do Parque, em 1995, teve como objetivo preservar os 1456 hectares do relevo montanhoso que forma o Maciço da Costeira que abriga rica flora, fauna e importantes mananciais de abastecimentos. O Parque está inserido na região central da Ilha de Santa Catarina” e aqui nesta área estarei soltando este magnífico animal neste remanescente de Mata Atlântica na Ilha de SC.
Família Elapidae – Micrurus corallinus – (Cobra Coral de cabeça preta)
Um dos pontos de reconhecimento das Corais verdadeiras ou venenosas são os dentes inoculadores de veneno, posicionados anteriormente no maxilar, são fixos e com sulco condutor de veneno, dentição Proteróglifa. Devido ao pequeno tamanho da cabeça, boca e dos dentes os acidentes são raros, mas com consequências gravíssimas e se não for aplicado o soro “Antielapídico”, quase que instantaneamente fatais.
Esta espécie possui habitos diurnos e, é bem ativa durante o dia, sendo frequente de ser avistada, fato que ocorreu hoje comigo enquanto arrumava minha Bicicleta. Com tamanho variando entre meio metro a um metro e com massa de 100 a 250g. A cauda é bem curta, menor que 15% do comprimento total. São ovíparas, ou seja põe ovos e vivem no solo entre as folhas, gravetos e meio enterradas nesta camada superficial do solo. Alimentan-se de outras cobras, lagartixas que habitam as folhagens no solo. Quando se sentem ameaçadas, como defesa realizam achatamento de partes do corpo aumentando o tamanho visual e evidenciando as cores, realizam movimentos bruscos e repetidos de postura, escondem a cabeça enrolando-se e ainda levantam a cauda exibindo a mesma com movimentos rápidos.
Tem como característica fugir sempre que podem, acidentes podem ocorrer quando as pressionamos como, por exemplo, ao vestir uma bota e a Coral poderá estar dentro, ao arrumar áreas externas, entulhos, telhas, folhagens e com as mãos desprotegidas, ao vestir um casaco ou calças e a serpente escondida dentro. Os esconderijos são muitos, necesitamos então ter cuidado e evitar destruir seus habitats, pois grande a grande maioria dos animais só saem das matas em busca de alimento, com a destruição de seus ambientes naturais eles podem vir a aparecer em nossas casas.
Não é a primeira vez que encontro uma serpente em casa, e espero que não seja a última. Pois todos os animais tem o mesmo direito de viver, a conservação da Biodiversidade é fundamental, inclusive para nossa sobrevivência.
Sustentabilidade é isso, a natureza em equílibrio …
Durante a noite fui verificar como estava e preparar sua soltura no remanescente da Mata Atlântica perto aqui de casa, surpresa! Ela fugiu, peguei a lanterna e fiz uma busca, sabendo que seria quase impossível encontrar. Dito e feito, sumiu, minha preocupação é que alguém a encontre e simplesmente a assassine sem razão. Construímos nossas casas sobre a “casa”de todos os outros animais e conforme “avançamos” com as cidades sobre seus habitats, a flora e fauna vão desaparecendo e os sobreviventes acabam entrando em um contato mais frequente e, o ser humano sem conhecimento acaba matando seus “irmãos”(Biodiversidade), os quais são interdependentes do equilíbrio para a sobrevivência!!!
ps.infelizmente não estou conseguindo postar as fotos, este blog não permite mais carregar fotos.
WordPress é muito limitado!
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